sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Construindo Sonhos

Você já teve aquela sensação de que deveria fazer alguma coisa, mas não sabe como fazer? E quando sabe e não tem a coragem suficiente? Mas, o pior é quando você faz e leva uma rasteira hiper, master, mega gigantesca e, então, você decide que não vai mais arriscar e vai levar uma vida pacata. Se torna um simples passageiro, esperando pelo seu ônibus passar... Aí você escuta alguém dizer "Querida, acorda!!! E se seu ônibus não passar nessa parada?". Ah, mas nem é tão fácil assim...

Essa semana eu me peguei desistindo do meu sonho. Um sonho que há cinco anos eu comecei a sonhar. Um sonho que é bastante plausível, mas não no momento, pelo visto, mas que é difícil de alcançar. Algo que dá medo. Uma coisa que requer muito de mim, mas que no momento não tenho muito para dar. Existem etapas para percorrer, tempo para esperar... E até eu chegar aonde quero, preciso ocupar esse tempo. É exatamente aqui que mora o perigo, ou melhor, o medo.

Eu sei que passar por lugares que não quero neste período é inevitável. Mas para fugir deles eu posso me boicotar. E é o que faço. Infelizmente engano a mim mesma. E assim o tenho feito por esse espaço de tempo, preenchendo com coisas inúteis. Mas, como Deus é grandioso, Ele conseguiu fazer com que eu enxergasse o que ninguém vê nas coisas mais insignificantes que possam existir. Tudo para que eu encontre minhas respostas. Porque Ele sabe o que tem no mais fundo do meu coração.

E então, numa bela tarde conversando com minha mãe eu entendi que a resposta estava mais perto do que eu poderia imaginar. Juntei todas as pistas que Ele me enviou. Entendi exatamente o que Ele quis dizer em Eclesiastes 3: 1-8. E então decidi que faria o que deve ser feito. 

Não, eu não escolhi deixar o meu sonho de lado. Apenas percebi que agora, AINDA, não é o tempo dele. Mas ainda assim estou com medo desse sonho não se tornar realidade... Contudo, eu vou desistir de ficar esperando o ônibus passar. Vou caminhando e conquistando o que tiver que ser meu no caminho. Se eu errar, pelo menos eu tentei. Ninguém vai poder dizer que eu não vivi. E, afinal de contas, o melhor nem sempre é o destino final, mas sim a viagem.

Por fim, gostaria de deixar uma passagem que me inspirou a escrever este texto. É de uma série que eu gosto muito e recomendo: ONE TREE HILL. 

"Não tenha medo de cometer erros. Ou de tropeçar e cair. Pois na maioria das vezes os melhores prêmios vêm quando se faz aquilo que você mais teme. Talvez você consiga mais do que jamais tenha imaginado. Quem sabe onde a vida te levará? A estrada é longa. E no fim... a jornada é o destino" (One Tree Hill - Coach Whitey)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Querer poder ser poder?


Fonte: deixadenerdice.com

Uma vez, lendo um livro*, encontrei uma frase que desde então conseguiu descrever boa parte dos motivos de eu ter tanto medo e era assim: “É mais fácil estar na eminência de ser do que de fato ser”. Talvez hoje eu possa usar esta mesma justificativa pelo que estou sentindo.

Estou frustrada comigo mesma. Insatisfeita com minhas reações, com minhas tentativas de ser quem de fato eu sou e apensas conseguir ser quem eu estou totalmente acostumada a ser. Estou indignada com o fato de poder ser, dizer, fazer e estar e simplesmente não conseguir pelo simples, porém complexo, medo de realmente me ver dentro do que criei.

Se eu pudesse escolher por onde começar (o mais engraçado é que eu posso escolher) seria admitindo que sim, eu quero. Eu quero tantas coisas que penso ser demais, e acabo negando. Pior é que para esquecer o que realmente almejo me pego as trocando por coisas insignificantes e que não me acrescentam nada. Gostaria de dizer que sim muitas vezes que eu digo não. Gostaria que eu não tivesse medo de dizer que sim. Gostaria que o meu sim não dependesse da aprovação dos outros.

Queria imensamente acreditar que por mais que tenhamos errado no passado, podemos consertar no presente. Mas o medo de cair no mesmo erro me induz cruelmente a cometer o mesmo erro. E o maior medo é de tentar agir diferentemente e errar, mesmo que de outra maneira.

Na verdade, hoje eu só queria admitir que eu preciso de uma única coisa, mas que me parece ser tão irreal que às vezes eu me questiono o quão eu sou merecedora de algo tão grandioso. E isso tudo só acontece porque é algo desconhecido para mim, porque pensar em ser é muito mais fácil do que ser realmente.


*A menina que roubava livros (Markos Zusak)


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A falta que nos move.

Domingo, 16 de outubro, ao assistir o culto na IASD Várzea, lembrei dos meus amigos da UFPE - CAA. Eu passei muito tempo do curso me questionando o que estava fazendo lá, tão longe, e me martirizando por não poder estudar no centro de Recife. Mas entendi, enfim, que tudo foi uma questão de escolha e de arcar com as consequências. Eu poderia ter me formado aqui, mas não o fiz quando apareceu a oportunidade. Já não parecia mais certo. Sabe por quê? Por causa das consequências.

Quando você está triste consigo mesmo, você se fecha para o mundo a ponto de não se permitir amar nem ser amado. E eu me fechei por muito tempo. Mas aos poucos as barreiras foram sendo quebradas; e eu escolhi derrubá-las. Dediquei-me a construir algo mais importante: um futuro. A partir de então os amigos foram aparecendo, e a solidão se transformou em amizade.

De baixo para cima: Amanda, Léo, Báh, Fabi e Clau. Com os
picolés, da esquerda para direita: Estevão, Eu, Báh, Léo e Clau.
O engraçado desse futuro é que foi totalmente imprevisível. Os que me conhecem há mais tempo devem lembrar como eu costumava ser festeira. Quando que eu iria imaginar que boa parte dos meus amigos seriam “crentes”? Pois foi assim: toda sexta eu chegava com uma novidade cabulosa da mais nova festinha e eles só faziam rir da minha cara! E eu sei que aos poucos fui conquistando cada um; porque cada vez que eles sorriam com as minhas aventuras eles me conquistavam. E a amizade colou.

E então me lembro de um dia em que estávamos conversando sobre mais uma loucura de uma colega de classe (não foi minha. Sério!). Não lembro ao certo o que foi, mas lembro de Estevão falando: “Você precisa é de Jesus Cristo. Isso é falta d’Ele, isso sim”. E, imediatamente, fiz uma brincadeira totalmente sem graça estilo “rapaz, eu preciso é de outra coisa que me faz falta”, se é que vocês me entendem. Isso nunca saiu da minha cabeça. Sabe aquelas coisas que você diz sem querer? Que saem como um ato involuntário? Essa foi uma delas. E eu, que sempre fui contra os “crentes”, estava me sentindo mal por isso.

Não tenho certeza, mas acho que esse fato foi no 6º período. Alguns períodos mais adiante recebi um convite dos meus amigos aqui de Recife juntamente com minha irmã para participar de um programa relacionado à Igreja. Resisti, mas eu fui - a curiosidade sempre me instigou a fazer coisas que eu duvido. E me surpreendi! Recebi o convite e entrei. Recebi estudo Bíblico e aceitei. Alguém deveria ter filmado a cara dos meus amigos quando disse que estava estudando a Bíblia!

Hoje eu oro por meus amigos que, assim como eu, necessitam de Cristo. Por aqueles que negam até o fim, mas que no fundo há uma sementinha esperando apenas para ser regada. Eu oro porque sei que esses meus amigos “crentes” oraram por mim em silêncio, sem fazer alarde. E que foi através dos pedidos deles que eu escutei aquela voz dizendo: “Filha, volta para casa!”. E tudo se tornou uma consequência. E que consequência boa essa, amar a Deus!

Eu nunca agradeci a eles por isso. Nunca nem falei sobre o incidente com Estevão. Mas eu sei que hoje estou onde estou porque eu senti o que verdadeiramente me faltava: Cristo. Fabi, Léo, Bárbara e Estevão. Obrigada! Ah, mas também não posso esquecer as amigas que estiveram sempre comigo nessa caminhada, como Tassiane e Claudiane, assim como não deixaria passar a minha parceira de todas as matérias (até as que não pagávamos juntas), Amanda Rafaela. Sinto falta de vocês; dos biscoitos maisena, dos picolés batom-garoto, dos joguinhos de palavra-cruzada....

sábado, 15 de outubro de 2011

DÁ LICENÇA, PORQUE EU ESTOU PASSANDO!

“Sim, eu sou gordinha! What is the problem????” Você já se pegou dizendo isso para alguém? Pois eu já fiz isso inúmera vezes. E hoje foi apenas mais uma delas. Mas dessa vez eu acho que foi diferente.
                
Sem citar nome, lugar e objeto, fui indagada se gostaria de conhecer uma linha de produtos de cosméticos. Como eu já conhecia, respondi com a maior simpatia que já havia provado alguns produtos da empresa e que sabia que eram bons, mas que eu não estava interessada. Contudo, a pessoa insistiu. Aí, sabe quando você tá no final do segundo tempo e não sabe como vai fazer para virar o jogo e a escolha mais fácil é cair em cima do ponto fraco de seu oponente? Fizeram isso comigo!

Sabe qual a pior coisa que se pode perguntar para uma gordinha???? VOCÊ QUER TOMAR ESSE REMÉDIO PARA EMAGRECER, QUER? Não, meu caro, eu não quero! E por mais que eu gostaria de ser um pouco menos gorda (totalmente diferente de magra), eu – e todas as gordinhas – iriam dizer não para uma pergunta dessa.

Pense por outro ponto de vista. Você chega para uma pessoa que é horrorosa, mas que ela se gosta tanto que tem até umas pessoas que a consideram bonitinha, e pergunta se ela quer uma plástica para ficar menos feia?! Você já viu algo assim? Ou melhor... Você chega para uma pessoa que não sabe falar direito e oferece um dicionário ou uma gramática para ela, assim do nada?! No mínimo é um sem noção!

Pois é... Todas essas coisas e todas as outras piores passarem na minha cabeça no momento em que me ofereceram esse bendito remédio para emagrecer... Mas eu me segurei e, como num passe de mágica, coloquei um sorriso na cara e disse: “NÃO PRECISO DISSO”. A pessoa ficou com um sorrisinho esnobe, me fitou e perguntou: “VOCÊ GOSTA DE SER GORDA”? Eu disse: “EU ME SINTO MUITO BEM EM SER GORDINHA. SOU UMA GORDINHA FELIZ”. E, com um ar de surpresa a mesma me disse: “POXA, PARABÉNS! GOSTEI DE VER!”.

Finalizando, ser gordinha não é sinônimo de infelicidade, nem de feiura. Do mesmo jeito que ser magricela não te garante o príncipe encantado no cavalo branco, nem ao menos que todos os seus dias serão ensolarados. Mas uma coisa é certa: ou você se gosta e define um posicionamento quanto a sua imagem, ou você estará fadada a enriquecer esses vendedores de remédios para emagrecer.

I'M A DIVA, BABY. (Autor desconhecido) 
Eu já defini a minha posição: SOU GORDINHA, NÃO POSSO (e não consigo) MUDAR ISSO. Mas faço o melhor que posso para viver bem comigo mesma em relação a isso. Não deixo ninguém dizer que sou menos por ser assim, nem também dizer que sou mais. Por isso, mundo, DÁ LICENÇA, PORQUE EU ESTOU PASSANDO!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

GORDICES NOSSAS DE CADA DIA.

Hoje aquele tédio bateu. Mas não é só porque ele bateu que eu vou deixá-lo entrar, certo? Então esperei pacientemente para que algo de interessante aparecesse. E adivinha onde eu achei? Como uma boa gordinha, na cozinha, lógico! Então, com um saquinho de bolinho de goma e um desejo incontrolável de comê-lo, direcionei o dito cujo à minha boca... Sensação estranha. Eca! Tem coisa pior do que uma expectativa frustrada? 

"Sardinha na cozinha" por Virgínia Otten.
Ok, mais uma vez me venceram. Mas como uma boa gordinha, não deixaria o meu paladar a desejar. Fui atrás de algo mais sofisticado. Contudo, só encontrei um cuscuz com charque-acebolada. Bom, era algo gostoso, mas não o que eu queria comer. Mas, juntamente com a família, sentei-me à mesa e tivemos nossa ceia.

Finalmente, após acalmar os meus nervos estomacais, pude pensar claramente com meu estômago e pude perceber que eu precisava de um doce de chocolate. Com a ajuda do meu cunhado preparei uma receita de mousse de chocolate. Sim, eu consegui matar meu desejo - minha necessidade “gordinhal” - mas não foi tão fácil.

Primeiramente não tinha maisena (amido de milho), depois não achei o creme de leite. Mas até aí tudo bem! Colocando farinha de trigo no lugar da maisena, achei que engrossaria o caldo – e engrossou. Já o creme de leite meu cunhado achou na geladeira – perfeito! Mas sabe quando você está prestes a fazer algo muito bom e tem sempre alguém querendo estar no seu lugar? É... A danada da barata! Subiu nas minhas costas e entrou no meu vestido. Eu não a deixaria lá, lógico, e imediatamente comecei a pular e tirar a roupa no meio da cozinha (não sem gritar um pouco)! Enfim, com a ajuda da minha irmã consegui me livrar da barata – de vez! – e terminar o tão sonhado mousse.

Feliz? Sim! Mas sabe o que mais eu fiquei? Orgulhosa! Porque com minhas “gordices” eu percebi que quando eu quero muito uma coisa eu devo ir atrás. Que eu não devo me contentar com algo que é bom, gostoso. Tenho que ter aquilo que eu realmente desejo, aí sim me contentarei. E que, ainda que seja difícil a caminhada até lá, sempre haverá alguém para te ajudar, mesmo que você ache que está nessa sozinha. E que às vezes é necessário ficar nua, peladinha com a mão no bolso, para encontrar aquilo que te puxa para trás.  No bom sentido, é bom você deixar de lado certos conceitos para assim dar lugar a novos. Aí então você estará livre para aproveitar e se realizar.

Aliás, eu vou aproveitar e comer o meu mousse porque eu já esperei demais!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O importante é EVOLUIR

Nós nascemos, descobrimos o mundo a nossa volta e enfim, tratamos de crescer. Infelizmente durante a nossa faze de descobertas ninguém nos ensina que para crescermos temos que abdicar de algo. Aí chega a hora em que todos, querendo ou não, temos que crescer. O crescimento nos eleva os pensamentos, nos permite agirmos de forma mais coerente com o que esperam de nós, além de nos tornar preparados para as armadilhas da vida. Mas quem disse que queremos tudo isso???

Eu amo crescer, não vou mentir. Crescimento é a certeza de que você não está parado no mesmo lugar; é saber que ainda que você esteja no mesmo lugar, você não é a mesma pessoa. Mas isso implica em ser algo que não sou, em algumas situações, além de deixar de lado algo que é inerente a mim. Crescer não me dá tempo de lembrar de como eu era feliz na minha vida de inocência, ao mesmo tempo que me faz refletir o quanto estou sentindo saudade de algo que passou e não voltará ou apenas o quanto estou tentando escapar da minha vida atual. Destas indagações fico buscando soluções extrapolantes, mas só consigo achar uma: tratar de EVOLUIR, não de crescer.

Neste sentido, fico certa de que nos tornarmos seres evoluídos é entendermos o que fizemos de errado no passado, para consertarmos e termos um futuro melhor. É enxergarmos o que nos faltou e ir em busca para agregar. Por fim, evoluir é crescer de forma a entender que o passado nos serve para mostrarmos o quanto de nós foi deixado para trás e o quanto de nós ainda há por vir e que tudo isso pode ser feito de forma que nunca deixaremos de sermos que somos.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Com vocês: Gordinhas Fashion Week

Vendo o concurso da MISS UNIVERSE 2011 na Band me indaguei como essas mulheres podem ser chamadas as mais lindas dos seus respectivos países enquanto tem umas que não devem comer há, pelo menos, 3 dias!!! É lógico que tem umas lindas, mas outras são totalmente esqueléticas.

Sim, mas o que isso tem a ver comigo? O que tem é que estão vendendo um produto que não existe na vida real. Real mesmo são as mulheres com mais carne do que osso. Tá bom que não precisa ter tanta carne, mas se temos, vamos reconhecer que somos lindas assim mesmo, né?

Aí entra a nossa garota da capa: Nancy Upton. Ela que está inscrita em um concurso da marca American Apparel para protagonizar a nova campanha de modelos plus size, resolveu fazer um editorial bastante diferente, porém realístico. Ao ver as fotos dela dá vontade de gritar bem alto: SOU GORDINHA, EU ME GOSTO E SOU LINDA SIM!



Fotos: DIVULGAÇÃO


Deu até vontade de fazer um ensaio fotográfico depois disso tudo. Enquanto não tenho coragem para isto, que tal ver mais fotos da Nancy Upton e das outras candidatas? Clique aqui: American Apparel

domingo, 14 de agosto de 2011

VOCAÇÃO


Tharis (irmã), Mamy e Dad.
Eu não sei quantas vezes eu já disse ao meu Pai que o amo. Não porque eu tenha dito muitas vezes, ao contrário, acho que me sinto um pouco intimidada pelo fato de que o pai é aquela figura que sempre te nega as coisas, ao contrário da mãe, que sempre faz a cabeça do teu velho para que você consiga o que quer. Mas me lembro de algumas vezes em que disse isso - talvez todas as vezes que ele precisava ouvir. Por isso eu queria hoje dizer que o amo e deixar aqui marcado para que, se eu vier a esquecer de fazer isso de novo, ele possa lembrar que independente de qualquer coisa ele sempre será meu Pai.

Ele chegou de maneira inusitada, diferente de outros pais, mas soube lidar de maneira perfeita comigo e minha irmã. Ele que perdeu meus primeiros passos, minhas primeiras palavras, meu primeiro dia de aula, mas que esteve e sempre estará presente nas minhas grandes conquistas. Ele que me ajuda a me encontrar quando estou perdida e que, por mais bobo, esquecido e às vezes incompreensivo com alguns problemas meus (que ele insiste em dizer que não são), sempre me dá conselhos extraordinários.

Sei que não fomos apenas nós que crescemos junto dele, tenho plena certeza que ele cresceu conosco também. George, Pai, INHO, está aí uma pessoa que nasceu com uma vocação e que por mais que digam que esta seja a sua profissão, eu digo o contrário - É SER MEU PAI!

Postagem original no blog "Tai Franco".

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Como disse Nietzche, é necessário o caos para gerar uma estrela cintilante. A semana que se passou foi um caos para mim. Nada que tenha sido explícito a ponto de notarem a bagunça que tudo ficou, mas um caos interno, o pior de todos.

Vamos concordar que todos já passaram por um caos em suas vidas. Mas nem todos tomam as decisões certas. Ou, para não levantar um debate sobre "o que é o certo", apenas não tomam decisão alguma.

Para as mulheres, "caos" é uma constante (justificado muitas vezes por nossa "montanha russa" hormonal). Contudo, tem algo mais do que inevitável o caos que uma gordinha passa? Eu, como mulher e gordinha, passo duas vezes mais por este caminho do que qualquer outra pessoa. Na verdade, não só eu, mas também todas as mulheres com excesso de gostosuras. E foi exatamente esse meu extremo potencial que me levou ao caos, mas que também fez surgir, ou está fazendo, uma estrelinha muito cintilante.

O pior erro que alguém do meu porte físico pode cometer é se comparar com aquelas pessoinhas que de alguma maneira (lícita ou não) são magras de doer (no meu coração). Mas, pior do que isso é me questionar por quê não sou desse jeito. Aí, meu bem, a linha tênue que corta a mais simples e pura inveja (atente-se que é uma inveja no sentido de admiração) da rejeição pessoal é ultrapassada. E cá para nós, se nem você se ama, como os outros vão poder te amar?

Essa semana fiquei enclausurada, me distanciei de tudo, me esquivei de todos e procurei entender o meu problema. Estava com vergonha de sair de casa. Se eu não tinha coragem de me olhar no espelho, imagine de me mostrar para alguém! Aí resolvi que iria pintar os cabelos para tentar dar uma melhorada no visual (failed); deprimida por questões comparativas, somada a questões "cabelísticas", fui "animadinha" provar meu vestido de formatura, o qual estava parecendo um vestido da branca de neve. Após 1 hora e meia para decidir o que fazer com este vestido (que agora está um arraso), era hora de provar o outro, o do culto!!!!! Mas esse, graças a Deus, que escutou meus gritos de socorro, ficou legal, o que me deu ânimo em voltar ao salão que fez o estrago no meu cabelo e pedir um retoque básico. Ufa, dessa vez ficou tudo ótimo. Então fui conversar com a especialista, minha terapeuta, e a mesma me ajudou a concluir que (tcharammmm) tudo isso serviu para mostrar mais uma vez o quão eu sou F***. Resolvi fazer compras e como precisava de mais alguns artigos de festa para decorar minha formatura, marquei de ir comprar com uma amiga minha (remarquei 2 vezes seguidas e só fui porque era o último dia disponível para tal!) e de fato melhorou. Estou bem, mas não pronta para outra.

Sabe o que me deixou melhor? É saber que eu não sou magra, não sou alta, não sou loira do cabelo liso, nem tão pouco tenho olhos azuis, ou seja, não sou a musa da Nova Skin, mas ainda assim, sendo gordinha, baixinha, morena dos cachinhos mais fofos (quanto ao meu cabelo não sou modesta) e dos olhos castanhos, sou linda, tenho amigos lindos e ótimos e posso me divertir à vontade, sem culpa alguma. Só preciso emagrecer um pouquinho, mas do mais, é só sentar e esperar até o outro caos chegar.